Olá magrelas!
Como prometido AQUI trouxe uma pesquisa (resumida) falando sobre TAs. Tem uns bem curiosos, até estranhos. Todos são tristes, afinal são doenças :/
Como prometido AQUI trouxe uma pesquisa (resumida) falando sobre TAs. Tem uns bem curiosos, até estranhos. Todos são tristes, afinal são doenças :/
Depois de ler tudo que eu reescrevi, tive um pouco de medo, me encaixo em muita coisa aí, e realmente temo por minha filha, pelo que posso provocar na vida dela. Espero conseguir lidar com tudo isso.
O que é Transtorno Alimentar?
Disfunção alimentar, ou transtorno alimentar (TA), é um termo amplo usado para designar qualquer padrão de comportamentos alimentares que causam severos prejuízos à saúde de um indivíduo. São considerados como patologias e descritos detalhadamente pela OMS. Geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância e na adolescência. Aproximadamente 90% dos casos são de mulheres jovens, porém recentemente está havendo um aumento no número de transtornos em homens e em adultos de ambos os sexos.
Assim como todos outros transtornos, envolve múltiplos fatores. Dentre os fatores responsáveis, destacam-se:
•Histórico de transtorno alimentar na família.
•Histórico de transtornos de humor na família (como depressão ou transtorno bipolar).
•Famílias autoritárias (anorexia) ou negligentes (bulimia).
•Contexto sociocultural caracterizado pela extrema valorização do corpo magro.
•Disfunções no metabolismo da serotonina e noradrenalina.
•Experiência sexual traumática.
•Certos traços de personalidade (Baixa autoestima, Introversão, perfeccionismo [Anorexia], impulsividade [Bulimia], instabilidade afetiva, evitativo, ansioso).
•Fazer alguma dieta.
É frequente a comorbidade de transtornos alimentares (TAs) com transtornos de humor, transtornos de ansiedade e dependência química. Sendo assim esses transtornos são considerados fatores de risco para anorexia, bulimia, hipergafia e vigorexia. Transtornos psiquiátricos de membros da família de primeiro grau (geralmente a figura materna) estão entre os principais fatores correlacionados com os TAs. Parentes de primeiro grau de pessoas com anorexia tem 11 vezes mais chance de desenvolverem esse transtorno que o normal enquanto parentes de bulímicos tem 4 vezes mais chance.
Mães com anorexia tem 75%-80% de chance de transferirem a anorexia para um ou mais filhos e mães com bulimia tem 45% a 55%. Acredita-se que existe um predomínio dos fatores ambientais sobre os genéticos nessa transferência pois existe uma correlação positiva entre a convivência com a mãe e a transmissão dos transtornos e a terapia comportamental é mais eficaz que a medicamentos nesses transtornos.
Vamos conhecer os TAs:
→Anorexia:
Anoréxicos atingem uma grande perda de massa,
de modo que o seu Índice de Massa Corporal se reduza a valores inferiores a 17,5 kg/m². A perda de peso pode ser efetivada por estrita restrição
dietética, em adição a exercícios físicos excessivos; outros, em conjunção a esses métodos, também podem abusar de técnicas purgativas (provocar-se vômitos, abusar de laxantes ou diuréticos , etc.) que acreditam resultar em perda das calorias consumidas, sem necessariamente, como no caso da bulimia, ter antes havido períodos de comilança desenfreada.
→Bulimia:
Por definição, bulímicos passam por episódios (pelo menos duas vezes por semana) de comilança desenfreada que resultam num consumo de calorias muito superior ao de uma pessoa normal no mesmo período. Seguidos desses episódios, são por eles empregados vários hábitos que visam compensar o ganho calórico, entre os quais os mais usados são as técnicas purgativas; em uma pequena minoria dos casos, porém, bulímicos limitam-se a se exercitar rigorosamente e/ou jejuar por longos períodos,
sem provocar a purgação da comida. A bulimia se distingue do tipo purgativo da anorexia, por não haver, no caso do primeiro transtorno, o emagrecimento extremo visto no segundo.
→Hipergafia:
Segundo a OMS, Hipergafia é quando um evento traumático resulta em um aumento no consumo de alimentos e consequentemente um rápido
aumento de peso, geralmente resultando em obesidade piorando a autoestima e autoconfiança do indivíduo.
→Ortorexia:
É a obsessão por alimentos saudáveis e nutritivos excluindo uma grande quantidade de alimentos, principalmente os mais industrializados, dessa dieta. Quase sempre ocorre em países desenvolvidos.
→Pica:
É o impulso de comer objetos não nutritivos nem cuja ingestão é aceita socialmente. Mais comum em crianças e mulheres grávidas. Seu nome é baseado no nome latim de um corvo famoso por comer de tudo .
→Síndrome de Prader-Willi:
Afeta crianças independentemente do sexo, raça ou condição social. De natureza genética, mais frequente em quem possui baixa estatura e peso,
geralmente envolve retardo mental ou transtornos de aprendizagem e desenvolvimento sexual incompleto se trata de uma necessidade involuntária de comer constantemente, o que quase resulta em outros problemas de saúde como obesidade e problemas cardíacos. Leva a morte caso não tratado. Antidepressivos ISRS tem se mostrado eficaz restringindo os danos, porém essa síndrome ainda não tem cura.
→Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP):
Conhecido em inglês por binge eating disorder, é uma classificação relativamente recente para a compulsão por comer, característica da bulimia que não envolve o uso de métodos extremos de perda de peso como vômito, anfetaminas e laxantes. 30% dos obesos possuem esse transtorno e sua prevalência na população gira em torno de 2%.
→Transtorn Obsessivo Compulsivo (TOC) por alimentos:
Semelhante aos outros transtornos obsessivos compulsivos, envolve pensamentos incontroláveis, repetitivos e persistentes, que só são aliviados enquanto o indivíduo se alimenta. Enquanto não se alimentar seguindo suas crenças o indivíduo sofre de uma ansiedade crescente e pensamentos constantes até ceder e é imediatamente reforçado/reforço positivamente (com o prazer de comer) e
negativamente (com o alívio da ansiedade) enquanto estiver comendo. Mesmo que esteja ciente de que seus pensamentos são prejudiciais a si mesmo, irrealísticos e inapropriados o indivíduo não consegue controlá-los. Ao contrário dos outros transtornos alimentares os antidepressivos são bastante eficazes no tratamento do TOC.
→Transtorno de Ruminação:
Mais frequente em crianças pequenas é caracterizado pela regurgitação ou remastigação repetida que não podem ser explicados por nenhuma condição médica. Podem resultar em desnutrição, perda de peso, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e até morte.
→Vigorexia:
É a obsessão por um corpo musculoso e atraente, quase sempre em homens. Envolve um treinamento muscular obsessivo e alimentação voltada para a manutenção desse corpo com uso frequente de anabolizantes. É classificada junto com os transtornos alimentares por envolver um disformismo corporal reforçado pelo culto a imagem, o desenvolvimento de uma alimentação restrita e hábitos patológicos com causas,
consequências e tratamento semelhantes ao da anorexia e bulimia.
→Outros transtornos não identificados:
Cerca de um terço dos diagnósticos feitos usando
o DSM IV são classificados como não especificados por não possuírem um ou mais critérios essenciais para a classificação em outro
transtorno. Por volta da metade desses transtornos parciais se tornam transtornos completos caso não sejam tratados adequadamente preventivamente.
➡Sintomas e outros sinais de alerta:
•Emagrecimentos
•Cuidado excessivos com a alimentação
•Desculpas para não comer ou comer sozinha
•Isolamento, alterações de humor e agressividade
•Excesso de exercício físico
•Vômitos e uso de laxantes
•Atitude demasiado crítica quanto à sua imagem
•Perda de apetite
É meio didático, achei interessante. Fico imaginando quantos TAs podem existir por aí, e se o homem será capaz de catalogar todos, até porque já existe a categoria dos “não identificados". Enfim.
Prometo que amanhã passo no blog de tooodas as borboletas! Se tiver alguém que não sigo ainda, por favor me diga que seguirei com prazer!
Se cuidem magrelas!
♥